Oportunos Momentos
Crio expectativas
Chamas salientes, vivas
Daquilo que ainda será.
Busco também os motivos
Fragmentos, estilhaços vivos
Resquícios de alegrias soltas
Intempestivas pelo ar.
São espaços tão longínquos
Perdidos em constelações
Dispostos por entre estrelas.
Atiram-se então meus olhos
De insetos enluarados
E doam-se fartos
A movê-las.
Em busca de outro espaço
Onde braços se lançam
Unos, dóceis
Em frágil construção.
E chora o céu, calado.
Serenadas folhas balançam
E noite adentro, finda-se o silencio
De mãos que ora em dormência
Põem-se em oração.
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