O FUNDO DA SOMBRA
quais peso e medida
são o vintém
de uma alma?
Se as correntes das águas,
tão morosas e sinceras,
sabiam-se destinadas
a serem supridas
pôr de aço e ouro
avenidas
coladas em turbilhões
de luxo e lixo
vaidades de náusea
enfim
se à direita e à nascente
da luz dadivosa
escorregaríamos nossos corpos
primários em suas primevas
pois se enfim...
aquele homem que
se alimenta de lixo
a quanto peso se pesa
a sua desdita?
Nenhuma luz apaga
o fundo da sombra
antes, nela submerge,
até arrancar da nódoa
de pouca esperança
alguma aventurança.
Mas, se espreito
o espaço e seu vôo
a alma e seus nódulos
a marcha e seus traçados
em que leveza me levo
se de mim extraio o cerne
e do mundo vislumbro
os ditames dos limites ?
Pois são ambos
ambivalentes
e necessários
rasgados ao esquadro
do arquiteto celeste
enamorados de
suaves e empinadas
linhas ascendentes
airosas arvoradas
ao longo infinitude.
Por que ao homem
a alma
fundo e chão
percorrendo o martírio
em seu coração de Ave?
quais peso e medida
são o vintém
de uma alma?
Se as correntes das águas,
tão morosas e sinceras,
sabiam-se destinadas
a serem supridas
pôr de aço e ouro
avenidas
coladas em turbilhões
de luxo e lixo
vaidades de náusea
enfim
se à direita e à nascente
da luz dadivosa
escorregaríamos nossos corpos
primários em suas primevas
pois se enfim...
aquele homem que
se alimenta de lixo
a quanto peso se pesa
a sua desdita?
Nenhuma luz apaga
o fundo da sombra
antes, nela submerge,
até arrancar da nódoa
de pouca esperança
alguma aventurança.
Mas, se espreito
o espaço e seu vôo
a alma e seus nódulos
a marcha e seus traçados
em que leveza me levo
se de mim extraio o cerne
e do mundo vislumbro
os ditames dos limites ?
Pois são ambos
ambivalentes
e necessários
rasgados ao esquadro
do arquiteto celeste
enamorados de
suaves e empinadas
linhas ascendentes
airosas arvoradas
ao longo infinitude.
Por que ao homem
a alma
fundo e chão
percorrendo o martírio
em seu coração de Ave?