(((((:::::UM BASTA:::::)))))

Nada mais... quem sabe?

O que eu queria ser, e nunca serei...

É destino?

Os meus propósitos à beira da estrada —

Todo o mistério do mundo

Basta!...Mas então isto não acaba?

Vou cambaleando pela estrada

Duma vida interior de renda e laca

Ao toque adormecido da morfina

Perco-me em transparências latejantes

E numa noite cheia de brilhantes,

Ergue-se a lua como a minha sina.

O absurdo é uma flor que nasceu no cérebro

sem haste flutua a cansar-me...

...falta-me o sossego

Deste desassossego que há em mim

E não há forma de se resolver.

E afinal o que quero é fé, é calma...

E findar comédias ou tragédias na minh'alma

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 28/04/2011
Código do texto: T2937163
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