Desabafo

Eu escrevo pra desabafar

Expulsar os fantasmas que moram na minha cabeça

Palavras se escrevem incertas

Frases se formam automáticas

Apresentam algum alivio

Mas dificilmente curam

Apenas amenizam dores, dúvidas, indiferenças

Que se construiram com o tempo

O tempo é um aliado

Quanto mais corre mais ensina

Um aprendizado eterno

Que serve de base mas também de desespero

Escrevendo conserto e desconcerto

Me assusto e me contento mesmo sendo pouco

Continuo a buscar por dentro o que quero em volta

Leio e não encontro sentido

Fecho os olhos e vejo as palavras que se misturam

Os dedos me chamam, ouço minha voz

Que sai do inconciente, é quase um transe

Leila Sales Rosolem
Enviado por Leila Sales Rosolem em 28/04/2011
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