Apenas
Sinto falta apenas de coisas que não vivi.
De sentarme recostado a uma árvore senome
e de ler coisas como linguiça fresca ao meio dia,
e linguística boba sem motivo,
ao som do sorriso jovem e descompromissado
denós que somos jovens e nada promissores.
O meu pesar nasce da danada vontade
de tentarme a simplesmente deitar à sombra;
esperar o sol assarme a tez e a chuva molharme o peito.
Nasço um tantoquanto desesperado,
revelandome epifânico e assustado
por ter deixado que um tempo valioso
se diluísse junto aos sonhos, sons, sombras.
Faço e renasço, e já sou outro
preso às coisas que não pude conceber
e desprendido das responsabilidades que
HODIE se me pintam enjambemantemente.
Gostaria apenas que estivesses aqui.
Para que nada fizesse sentido,
e para que eu pudesse rezar àquela árvore
sem endeusála da raiz ao pássaro.