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Poema Para (quase) Tudo


Bandeira fez versos
como quem morre... **
Eu faço versos
como quem corre
à procura de vida
para existir.

Os meus versos
são como um elixir
que podem servir
para quase tudo:
(isto é: para mim)

Podem servir de estudo,
(estudo-me nos versos)
podem servir de escudo.
(protejo-me atrás dos versos)
podem servir de prazer.
(deleito-me escrevendo)
podem servir de augúrio.
(cruz credo! saravá! Deus me livre!)
podem um sem fim...
(isso tudo, eu repito: PRA MIM)


** Desencanto - Manuel Bandeira
Em: Estrela da Vida Inteira