Poema frio
Poema frio
Sandra Ravanini
Onde há a noite, há o frio da escuridão,
um poeta vê pedras brilhantes no céu,
caindo dentro dos sonhos de um sono réu,
adormecendo o santo e acordando o cão.
A noite risca o céu de desapelos,
despertando outro poema na alma inquieta,
e sonhando jaz o santo, o réu e o poeta,
olhando o cão sair do frio pesadelo.
Onde há a noite, há um são na escuridão,
clamando pelos sonhos adormecidos
dentro daquele sonho escurecido
pela alma do frio poeta incitando o cão.
A noite risca o réu onde há um profeta,
clamando às almas de pedra um sonho são,
despertando o santo e o cão na escuridão
de um poema frio do adormecido poeta.
10-03-2011