Dormindo junto ao som do bolero de Ravel.

Seus cabelos

entrelaçados entre os meus dedos

já tivemos medos

bem mais cedos

do que a meia noite

de uma noite fria

sua cabeça

deitada no meu peito

de uma forma e um jeito

que o sono

te pega desprevenida

numa noite mais comprida

do que uma noite glacial

Os meus sonhos e seus sonhos

sonhados juntos

tão profundos

como decidir o futuro

a paixão os filhos e a solidão

travesseiros caidos no chão

Se eu acordar primeiro

vou correr ligeiro

para um pedaço de papel

escrever uma poesia

dá bom dia ao dia

e te esperar despertar

A C Sarvanga
Enviado por A C Sarvanga em 26/04/2011
Reeditado em 26/04/2011
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