A ampulheta está mais rápida
Mas oscila tal mar...
O silêncio vê a areia
Do tempo...
Meus olhos não definem
As horas...
Meu cego Poeta lia a alma
Eu não consigo ouvir
O mar...
Borges em suas Ruínas
Circulares, eu apenas
Vendo o tempo passar...
O vento não sopra ao
meu favor...
Espreito o mar...
Continuo a nadar na
Diagonal...
Para que as correntezas
Não me deixe por lá...
Ou fico apenas olhando
O tempo...
Com a pressa intensa
Das mundanças
do mar...