((((::::GRITOS DE SILÊNCIO::::))))

Quero a fome de calar-me

Tudo está no seu sítio. As aparências apagaram-se.

As coisas vacilam tão próximas de si mesmas.

O ar prolonga. A brancura é o caminho

Vivo na delícia nua da inocência aberta.

Pelo muito falar: tenho sondado

Quanto é melhor calar, que ser ouvido.

Ouço gritos, abafando o ruído de um outro silêncio!

Hora inútil e sombria de abandono.

Interminável dia de indizíveis cansaços,

de funda melancolia.

Sem rumo para os meus passos,

para que servem meus braços,

nesta hora fria, fria?

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 26/04/2011
Código do texto: T2931542
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