((((:::LÁGRIMAS DE POESIA::::))))

Quantas vezes chorou no teu regaço a minha poesia,

terra que eu pisei: aqueles versos de água onde os direi,

cansado como vou do teu cansaço? E faço um filho às palavras

na cama do meu romantismo de origem clara e comum

que sendo de toda a parte não é de lugar algum.

O que gera a própria arte na força que de todos for só um.

expulsa do paraíso por saber compreender o que é o choro e o riso;

versos brancos e ferozes, que chega ao despudor

de escrever todos os dias como se fizesse amor.

Memória se fartar das mesmas flores

numa última órbita em que fores(poesia)

carregada de cinza como a lua.

Porque bebo as dores que me são dadas,

meu coração, é prisão de visões abandonadas.

Deixo chover as lágrimas que eu crio:

faço do amor - poesia - meu doce e amargo rio.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 26/04/2011
Reeditado em 26/04/2011
Código do texto: T2930941
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