-Pelos bosques da minha vida
Pelos bosques da minha vida
Caminhando sempre a meditar
Em meio às flores e palmeiras
Dando sombra, inalando um perfume no ar
Um aroma de mata nativa
Relembrando minha infância
Correndo e saltando pelos campos sem cessar
Sobre a relva daquele monte
Úmida pelo orvalho
Aguardando o nascer do sol
Que logo aquecerá a terra
Com um brilho sem igual
Cercado por um manto azul celestial
E eu ali quietinho
Aguardando o que virá
Pode ser vento, sol ou chuva
Sendo de graça vou aceitar
Uma natureza tão completa
Como poder reclamar
Se dela desfruto a beleza
Desde os tempos de menino
Que não mais virá
Correndo com a molecada
Se o corpo não se cansar
A felicidade aqui existiu
Não desperdiçar um só momento
Pois a vida nos condena
A crescer, ser gente grande
Levando a lembrança da infância
Lembrando de um passado tão distante
Porque não desfrutei ainda mais?