COTIDIANO
No telhado do sobrado,
da cintura para cima,
o homem examinava.
Da cintura para baixo
imensa saia
o telhado formava.
Ele observava como,
se fosse babados e retalhos,
a cor das telhas,
os encaixes perfeitos.
Vigiava a rua
e percebia que sua altivez
era invejada por quem abaixo passava.
Os transeuntes saindo
do campo de visão,
perplexo ficavam
com a cena em questão.
L.L. – Bcena, 13/09/2010
POEMA 122 – CADERNO: TÊNIS VELHO