COTIDIANO

No telhado do sobrado,

da cintura para cima,

o homem examinava.

Da cintura para baixo

imensa saia

o telhado formava.

Ele observava como,

se fosse babados e retalhos,

a cor das telhas,

os encaixes perfeitos.

Vigiava a rua

e percebia que sua altivez

era invejada por quem abaixo passava.

Os transeuntes saindo

do campo de visão,

perplexo ficavam

com a cena em questão.

L.L. – Bcena, 13/09/2010

POEMA 122 – CADERNO: TÊNIS VELHO

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 25/04/2011
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