FALSIDADES IDEOLÓGICAS

Palavras não são suficientes pra mudar uma pessoa

Palavras são verbos alados

Expulsos do coração

Palavras de fogo incendeiam as orelhas

Do mundo inteiro em cativeiros de plantação

Que trucidam a cidade em circunvoluções suicidas

São lagrimas que causticam a pintura do tempo

Em brasas obscuras... Nuas

É a secura dos lagos que caem de olhos frios

Lacrimais como um desfile de sangue escorrendo

Que vai pela algibeira da gente morrendo

Superficialmente em nossas garças negras

Que devolvem as loucuras dementes

Enegrecidas em nossas mentes porões

Há uma tragédia dentro de cada ser e em seus sotões

Ruminam uma orquestra do mal

A ranger as oitavas occipitais

Do ser em melodias sacrais.

Nascemos em canções

Sem opções de silenciar a mente

Dançamos a dança da valsa louca

Nos abismos de sepultura a gemer

Viemos vigiar uns ao outros em suas

Candidaturas feitas de espectros

E sob certos aspectos nula, como um empacada mula

Estamos dentro de uma bolha

Em cuja liberdade de escolha

Só nos resta achar o caminho deste elo perdido

Que trazemos escondidos dentro de pós

Também agora na partilha pouco importa

Abrimos as portas e as escancaramos

Mais quando nos vamos da vida às fecham por nós.

O amor é uma força que não sabemos usar

Ela é que nos usa

E a terra prometida é um rei sem relógio

Já chegou independentemente da partida

E do falso elogio!