(((((:::::Mãos Aveludadas:::::)))))

Mãos aveludadas

Tu podes me levantar. Até derrubar.

Em seguida segurar-me com tuas mãos macias.

E mesmo que caia zilhões de vezes.

Em infinitas quantidades me levantarei.

São estes os ponteiros de relógio em ritmo acelerado.

Não para por ninguém e por nada

Não há pra quê, nem por que.

Nem como, nem quando.

Quando quero. Quando não quero, corro!

Distraindo-me com músicas de dormir.

Pois de dormir preciso. Para sonhar.

Encontrar você. Fazer-te só. Meu. Seu. Nosso!

Sorrindo com o vento.

Chorando com as gargalhadas.

Morrendo de prazer.

Por paz. Por porto. Então cerra os olhos guri.

Dorme. Pois a paz não existe. Nem tu queres. Nem quero eu!

Quero você. Num turbilhão, nesse furacão. Um imenso tufão.

Derrube-me. Levante-me. Mas não me falte as mãos aveludadas.

As mesmas que repousam amor e paixão.

As mesmas que sangram o meu coração com asas.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 25/04/2011
Código do texto: T2928873
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