O ROSTO NA PAREDE DO CASTELO

A busca.
Escorro pelos corredores
em socorro à ânsia
de encontrar.
Fantasmas teimam em se mostrar
e cantam;
suas vozes, sons de arcabuzes.

Vejo vampiros de vapor
voando velozes
entre os vórtices de vento.
Lobisomens ululantes
em lamúria
lamentam as luzes
do amanhecer.
Mas eu busco.

De repente,
o rosto de porcelana
na parede do castelo.
Belo rosto
de uma musa morta,
perdida nos desvios do destino,
olha para mim
e me chama.

De repente sinto as cálidas mãos
no meu rosto,
a ilusão de um beijo queimando
os meus lábios.
As paixões que tive retornam,
velhas, esmaecidas
como pétalas de rosas antigas,
e se sentam a uma mesa,
diante de mim.
Uma diz que o céu é azul,
a outra confessa pecados
e a mais branca ri de minha timidez.
E eu grito
que quero é trazer
alegria para o mundo.

Eu gosto é de rock'n'roll!