Isolando II
Isolando II
É dia, mas os papéis colados escurecem o quarto,
É uma noite simulada.
Como a neblina, que apesar de clara, desaparece com tudo.
Depois vem o medo, meu terror solitário e noturno,
Apesar de saber que lá fora há sol,
O frio me envolve totalmente.
O que esperar, às 6 da tarde,
Além da noite, do bonde e da solidão?
A luz cansada começa a iluminar as casas.
Todos à descer as janelas e a trancar as portas;
E eu, na vigília da noite...
Aonde os gatos são pardos,
E o beijo, Ah! O beijo surgirá por detrás do esperado,
Do pijama encharcado, do suor, da vontade.
Nada se pode saber ao certo...
O que não é amado, apenas porque não o consegue...
O que foi colocado,
E, já está perdido há tempos,
É conhecido, até por mim,
Estrangeiro se afastando do porto da Espera.