O conto já era.
O auto piedoso retrato,
Os atos de gato e sapato,
São os mesmos papos nos valos.
Nem mesmo as bombas de fato nos trazem mais diversão,
São os contratos nos pratos que viram alimentação.
Sem o olho da cara, que virou paga barata.
No olho da rua não sou nem mais remela, ah quem me dera com o que pudera...
Nem mesmo no corpo a poeira me quisera,
Aos trancos e barrancos, na meia sola, o espinho no pé.
Com tão pouca esperança será que sobra fé?
O conto já era...
Encarando as vaias querendo bis
Já me disseram que me perdi,
Já me disseram que envelheci,
Que não tenho onde cair morto
Mas sim já paguei muito imposto
O torto da linha reta
Um louco metido a poeta
O falso profeta...
Que a ninguém afeta.