O despertar da insensatez
“...O corpo é a sombra das vestes que encobre o teu ser profundo.” (Fernando Pessoa)
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A alma aprende se o corpo ensina!
Então não se esconda atrás
Da sensatez que enfarda.
Desnude-se do medo atávico
Que glamoriza a morte supérflua
E ao corpo em vão se resguarda.
As vestes serão sempre podadas
Nas curvas de inconstantes estradas
Onde o espírito paciente se resguarda!
Ao homem, sua inevitável sina:
Não basta perpetuar a essência
Numa alma de murcha flor;
Ao corpo, a inevitável nudez
Ante a morte e o aprendizado
No despertar da sua insensatez.