((__BASTIDORES DUM AMOR__))

Amanhã já não será mais segredo. Mais um amor chegou ao fim. E por outras ruas de almas, a vida segue sem abalar-se a trama dos bastidores.

É sempre triste morrer no outono ou primavera...É sempre triste morrer em qualquer estação...mas existe na morte, um certo conforto, quem sabe um alívio, para o que não mais era, o que um dia foi...e que a tempos não mais é...!

Véspera noite triste - em veneno das coisas líricas já sem dono...Pois é, a Lua tem se escondido nestes dias, diante das lágrimas do espaço sideral, abandonou o seu sorriso maroto de prata...fugiu sem nada avisar!

Bendita Lua que se ocultou! E gotas dos céus desceram...

Eu posso afirmar que a vida se encarrega de mostrar, que as vezes ouro é bijuteria.

Ficaram estilhaços pelo chão da lucidez...e a extrema claridade dói nos olhos e na alma...Apanhamos nossos escombros, articulando-os através dos braços e pernas, e saímos de cabeça erguida...plenos de razão...

Tudo entre nós sempre é tão de repente - como quem acionasse uma mola, na flexibilidade do aço - cumprindo um itinerário rígido e exato.

Escrevo como quem fala a um só ouvido - reporta-me-ei a vocês, leitores especiais, que acolhem minhas palavras e sentem as repercussões mais íntimas do eco. Feliz fico por saber que o som da minha voz há de pairar sobre a sensibilidade alheia, e principalmente de quem as desejo atingir.

Amar é proteger...e não oculto mistérios nas entrelinhas - solto foguetes pelo imenso céu - para vesti-lo de luzes intensas, já que em mim a esperança de amor é uma estrela apagada.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 24/04/2011
Reeditado em 06/07/2012
Código do texto: T2927081
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