Ontem choveu poesia do meu telhado...

Esta noite choveu poesia sobre o meu telhado.

Na madrugada me vi todo molhado de verso...

É que pela fenda que eu namoro a lua à noite,

pingou gotas de poesia sobre a minha cama.

Esta noite choveu poesia sobre o meu telhado.

Eu fiquei ali na esquina da vida contemplado...

Seria o único ser sobre o qual chovia poesias?

É por culpa da fenda que por vacilo não tapei.

Esta noite choveu poesia sobre o meu telhado.

Por esta chuva nos dorsos senti-me virtuoso...

Extasiado de versos pude ainda curtir o luar,

que vez ou outra faz brilhar o chão do quarto.

Esta noite choveu poesia sobre o meu telhado.

E eu na cama banhado de poesia renasci vinte

anos. Somente depois foi que eu entendi, que

Deus do céu fizera um show e choveu poesia.

E, de lambuja, quase perpetrou um novo poeta!

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 23/04/2011
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