Exilado
Que alma estranha teu corpo habita,
perambulando em teu mundo invisível.
Vivo ainda, indiferente respiras...
Encarcerado teu sorriso não te visita.
Possuído de uma triste abstração,
como solidão de casa abendonada.
Transfigurados teus olhos já não vêem,
inertes à vida, secos de emoção.
Nesse cárcere sem partilha
flagela-te na angústia de viver.
A indiferença inútil se fez sina
Escavada no isolamento de uma ilha.
Errante perambulas pela vida...
Ninguém e nada mais importam.
Na ausência das palavras nasce
O exílio como única saída...