Consciência
Consciência
Entra aqui no meu espelho
Atravessa o rio vermelho
De sangue que eu colori
Beija os pés de Madalena
Sem ter nojo da ferida
A qual, sem querer, provoquei.
Senta nesta mesa farta
Coma e beba do meu vinho
Brinda com a hipocrisia
Que agora, não mais importa
Se veio de Pedro ou de Judas
Os trinta dinheiros que trago aqui.
Vista a túnica de seda
Coloque na cabeça o adorno
Pois a hora está quase morta.
E eu juro pelo sagrado
Que pecados não cometi
Porém ao atravessar a porta
Perdoa-me, pelo que vivi