(((:::AMOR DESESPERADO:::)))

Nos meus lábios há tremor de alva cerejeira

no martírio de calor e vento em janeiro.

lacrimejando sóis em saliva de desespero.

Dou pena de lírio fresco

para um coração de gesso,

qualquer pulsar já agradeço

A noite inteira, no horto,

meus olhos, correndo

os marmelos de veneno.

Algumas vezes o vento

uma tulipa é de medo,

a madrugada de segredo

A névoa cobre em silêncio

o vale grinalda do meu corpo.

Pelo arco do encontro deixa tua lembrança,

A noite não quer vir

para que tu não venhas,

nem eu possa ir. E o nós seja só desencontros...

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 23/04/2011
Código do texto: T2925226
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