MAS CONTIVE MINHA MÃO
Nas minhas mãos, o laço:
o boi corre no curral,
desesperadamente.
Os homens céleres passam
pelos caminhos,
desesperadamente.
À frente o vazio espera a
absolvição da massa,
e abre os braços ao encontro
triunfal.
Mas contive minha mão.
Deixei-o a observar o troféu
de sua fúria abismal.
Os bois voltaram a pastar,
livremente
enquanto os homens constroem
suas prisões divinais,
livremente.
(obs.:poema publicado no Livro Assim se Fez).