((__NOTURNA LUA NAS MÃOS__))

Amo-te nesta ideia noturna da lua nas mãos

E quero cair em desuso ...Fundir-me completamente.

Esperar o clarão da tua vinda, a estrela, o teu anjo

Os focos celestes que a candeia humana não iguala

Que os olhos da pessoa amada não fazem esquecer.

Amo tão grandemente a ideia do teu rosto que penso ver-te

Voltado para mim ...Sem outra palavra para mantimento

Sem outra força onde gerar a voz ...

Escada entre o poço que cavaste em mim e a sede

Que cavaste no meu canto, amo-te

Podes dizer-me de um fôlego ...Frase em silêncio...

Ó seiva aspergindo as partículas do fogo

O lume em toda a casa e na paisagem. Pedra do edifício aonde encontro a porta para entrar ...Candelabro que me vens cegando.

Sol ...Que quando és noturno ando ...Com a noite em minhas mãos para ter luz. Amo-te no intenso tráfego ...Com toda a poluição no sangue. Exponho-te a vontade ...O lugar que só respira na tua boca

Ó verbo que amo como a pronúncia ...Da mãe, do amigo, do poema

Em pensamento. Com todas as ideias da minha cabeça ponho-me no silêncio ...Dos teus lábios. Molda-me a partir do céu da tua boca Porque pressinto que posso ouvir-te ...No firmamento.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 22/04/2011
Código do texto: T2924404
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