Longe
Longe,
muito longe.
Depois da toca
do monge,
a vida
se divide
e é preciso
outra valentia,
nessa nova
sesmaria.
Já não bastam
reza, ladainha
e punhal na bainha.
Urge
que se ruge,
qual fera
enjaulada
e mortal,
na distância da patada.
Bruta vida,
bruto Tempo.
É inútil
o antigo
lamento.
O caminho
escolhido,
não merece
ser lido.
O Poema findou,
o verso não se fez.
Contentemo-nos
com um talvez.
Quem sabe,
na próxima vez...