SEXTA - FEIRA DA PAIXÃO
Sei que muitos não acreditam
Mas vou contar um pouco de sua história
Dedico a todos que o admiram
E que, se emocionam com sua trajetória.
Ficou quarenta dias no deserto
E venceu as tentações
Sabia que seu destino estava traçado e certo
Venceria seus medos e traições.
O mesmo povo que o acolheu na cidade
Na sexta - feira o condenou
Tiraram sua liberdade
Coroaram-no com uma coroa de espinhos e a via sacra começou.
Depois de condenado,
Sai em meio à multidão carregando sua cruz
Logo adiante, cai por não suportar a dor dos machucados
Mas sabia que ao final da trajetória, haveria luz.
E quando encontrou sua mãe, desconsolada
Viu que ela, seu destino conhecia
Olhando a diante, seguiu a estrada
Já se passava do meio dia.
Um homem de bom coração
Ajuda ofereceu a Jesus
Sem negar a ajuda de Simão
Deixou que o carregasse sua cruz.
Depois da ajuda, o peso volta para seu ombro
Alguns choravam de tristeza e de desgosto
Tornava-se realidade seus assombros
Então Verônica, com pena, enxuga seu rosto.
Mesmo caindo pela segunda vez
Consola as mulheres que em volta choravam
E caindo pela terceira vez
Ouvia os que dele, zombavam
Despojado de suas veste, sentindo-se humilhado
Não entendia por seu amor
Como o homem pode ser tão malvado
Causando-lhe tanta dor
Ele era um homem bom e perfeito.
Merece que todos o amem.
Pois morreu na cruz, e levou uma flechada no peito
Onde abriu seu coração, saindo água e sangue.
Nesta sexta - feira da Paixão
Dedico todo meu dia a ti Senhor
Porém, sei que é muito pouco
Diante de tanto amor.
MIRIAM SILVÉRIO