BELEZAS IMPERCEPTÍVEIS
Autora – Regilene Rodrigues Neves
Existem coisas tão lindas
Perceptíveis apenas
Pelo o olhar da alma
Pena que a matéria enrugue
A pele fina que a envolve
E o homem fique preso
Na ânsia de uma beleza
Que nunca se permitira enxergar.
Tomado pelo olhar cego
De um corpo de serpente
Que o leva sem a essência
Do verdadeiro prazer contido
Depois de uma curva
Existem planícies... Cascatas...
Montanhas... Mar...
Sóis... Ocasos... Céus...
Estrelas... Luar...
Orvalhos esmaecidos
Flores nuas perfumadas
Intocadas abrindo-se
E fechando-se nas estações
Sem serem notadas...
A aparência do prazer
É um veneno que mata.
Sem perceber a flor
Que desabrocha
Para encantar o homem
Preso nas curvas do caminho...
O rastro do perfume
Fica na pele sem ser absorvido
Em poros fechados nunca sorvidos
A ânsia do prazer o persegue
E o intimo sem intimidade
Perseguido em desencontros
De um corpo e sua alma
Tanta beleza presa
Nas curvas de um caminho...
Em 15 de novembro de 2006