Feliz Natal, soldado.
Por favor, não me julgue...
Você não estava lá!
Eu não tive escolha,
Minha mãe me controlava...
Eu vi o inferno!
Eu fiz a chacina!
Mesmo assim, não me julgue...
Eu era apenas um fantoche!
Um pobre fantoche...
Com linhas e uma arma...
... E puxam o meu gatilho
Uma salva de mortes...
Uma ressalva de misericórdia.
Olhei nos olhos, de quem matei.
Fizeram-me desumano
E por isso, você me julga?
E agora, eu estou vivo.
Um morto vivo...
Um pobre desalmado...
Buscando por redenção.
Eu ainda tremo...
O som dos fogos... Meu Deus!
O som dos tiros, que me voltam.
Os gritos, a multidão, os fogos...
Os fogos, os gritos, a multidão...
Um maldito vai-e-vem
De um pesadelo sem fim.
Já é meia-noite.
Vamos a ceia em fim.
Não há mais julgamentos...
Para mim, um velho soldado.