A OUTRA MARGEM É VAZIA

Até o amargo provar sem a outra margem alcançar

Ser anzol sem isca e afundar-se na garganta do peixe

De sangue sujar-se e com as mãos limpas retornar

Ver a baleia ondear e suspirar jato de cristais

E o arco íris desfilar até a ponta do iceberg

Onde um mago contempla o lado sem vida da vida

E a viva ilusão de em algum lugar chegar

Um paraíso, um oásis, um monte santo,

Um vale de primícias e luvas de pelica

Em gestos longos de carícias

taniameneses
Enviado por taniameneses em 20/04/2011
Reeditado em 20/04/2011
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