POESIA...DENSIDADE.

Muitos nada tem a dizer...e dizem, e pouquíssimos em pouco dizem muito.

Os que dizem muito, em pouco, chegam quase ao absoluto, inacessível à matéria, mas próximo do espírito. É assim, que de alguma forma me penitencio de tanto nada ver e apregoar, na internet, onde se perde por vezes o tudo, escondido nas mazelas da virtualidade. Isto é a internet, um vulcão que desce vorazmente a encosta, mas não mata e deixa sobreviver a flor no alto dos montes.

Essa enciclopédica condição de dizer tudo em poucas palavras tem um nome; densidade.

É assim o perfil de ilustríssima internauta, a poeta que realmente pode ostentar esse título, como vocacional que é. Falo de Lúcia Constantino que tive o prazer de descobrir, e não foi em uma livraria, mas no “Recanto das Letras”.

Em seu magnífico poema “ AO SENHOR DOS MUNDOS”, formatado como livro, revela o mais puro aliado ao mais belo, destarte:

“A Ti confio as asas de minhas palavras,

O som de meus silêncios,

O curso de minhas lágrimas, e todos os rostos de meus pensamentos”.

Asas da palavra conectadas no voo do interior, ouvindo os sons de seus silêncios, nossa plenitude, testemunhada pelo curso das lágrimas chegadas pela purificação da dor, imersas no “Vale de Lágrimas” presenciadas pelos rostos que viveram a jornada enriquecida pelos seus pensamentos.

Acreditada no “Senhor dos Mundos”, entrega sua confiança.

Está em festa a internet, ao menos no meu credo pessoal.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 18/04/2011
Reeditado em 18/04/2011
Código do texto: T2916767
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