O Gato
Vem de leve o felino, com seu pêlo a enfunar
Doce, suave e traquinas
Desce ao chão firme em plumas para brincar
Lânguido e de esquivas maneiras.
Olhos curiosos sempre procurando
Borboletas, cigarras ou grilos
Canto de longínquo pássaro chamando
O gato que tirava cochilos.
Criatura noturna como só ele é
De dia está sempre pelos cantos
De noite tal qual um busca-pé
Corre coberto com noturnos mantos.
Mas se desprezível a muita gente pareces
A mim nunca deixas de encantar
Gatos sempre matreiros e serelepes
Transformam-se em um doce poetar.