Vertiginosa...

Guerra de versos

Sementes que prezo...

Criadores que detesto,

Falo o que quero.

Falo forte,

Não sou do norte.

Sou carioca

Com veias vertiginosas.

Não sou fácil,

Nem muito difícil...

Sou geniosa,

Sou moldável.

Uma menina...

Uma pantera no cio.

Uma mulher...

Uma fera destilando amor.

Sou de controvérsias...

Não me aplique matérias,

Tiro nota ruim.

Meu boletim é péssimo.

Só faço o que desejo.

Se me cantar a pedra,

Falar a rima,

Dominar a gíria, não me excito.

Sobrevivo de malabarismo...

Retocando o quarto,

Cheiro novo no pescoço,

Nem sempre no salto.

Meus lençóis são intrigueiros

Troco-os sempre!

Odeio o rotineiro

Gosto de suor, gosto de flagra.

Me enoja a mão fria

O puritanismo barato

A poeira vazia no quarto

A mesmice incorporada.

((( Camila Senna )))

Camila Senna
Enviado por Camila Senna em 17/04/2011
Reeditado em 23/04/2011
Código do texto: T2914801
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