Ao meu amor.

Fui amado?

deveras. Loucamente!

Amaram-me com o amor

Que revive e faz doente...

Diante de ti,

o tempo era parado

horas,

Não eram horas Não havia.

E distante de ti, o tempo

se decorria,

infelizmente...

E desse amor que vivifica e te ergue

em saúde te deita e faz doente!

No entanto, caminhavas e, então,

Os cachos davam louros,

Os campos, rosas,

As aves, azuis anis,

E nas ruas,eram verdes tapeçarias,

Eram tapetes de flores

Onde apenas lodo havia

E, enquanto ascedia a Lua,

Branca

Nas asas d'uma aragem branda,

A minha alma traspassava

Da minha vida para a tua!

Por que fui amado? não sei

Ninguém sabe

O real motivo desse amor

Que vivifica e faz doente.

Talvez nascesse da carne,

Quando a carne se torna terra.

Ou da terra

Quando a terra se faz alma!

Talvez nascesse da noite

Quando a noite esquece o dia.

— Talvez viesse de mim.

da minha triste poesia...

Tomb
Enviado por Tomb em 16/04/2011
Código do texto: T2912927
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