Seus cabelos

Depois da chuva

Enquanto enxugava seus cabelos

Tive sede

Queria beber

Uma água doce

Mas a tranquilidade

Não existe em mim

Meu corpo agitado

Vem de um mundo alucinado

E nem eu me entendo

Sua mão é tão suave

Me faz tremer

Tenho medo dessa calma

Que insiste em me embalar

A verdade é que eu quero

Mas não sei como parar

Essa roda que tonteia

Me faz desmaiar

E a chuva que volta

Quero me molhar

Beber de gota em gota

Água da chuva não é doce

E os seus cabelos

Ficam pra outro dia

Quem sabe numa noite

Um raio corta ao meio

Corpo para um lado

Cabeça pra outro

Leila Sales Rosolem
Enviado por Leila Sales Rosolem em 16/04/2011
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