(((((::::AMOR EM BRONZE::::)))))

O amor é tão bonito ao relento inesgotável

É tão leve como um cisne em pensamento

E está sobre as águas num fluir do próprio tempo

nos sorve e embriaga sem qualquer consentimento.

Sei que não posso chamá-lo das margens

Seu corpo é solar e frontal em intensidade

Promete mais do que prazer como pátria do ser

que tatua sua imagem em livre pertencer

No bronze o sabe gravar; Da pedra mais dura...

_Oh, doce luz! Oh, lua! Como se insinua em alma que flutua.

Sorrindo entre dores ao habitat que adora

Inda antes de o ver sorrir a aurora

Coração dum sol orfão pela sua castidade,

num gozo intenso, na verdade,

ateado fogo puro dos céus em lago

somos nós submissos em reflexo vago

Sentindo fundir-se em nós seus olhos regios!..

E a sombra nos guia neste areal deserto!

Embora as nuvens trajem outra roupagem,

Quanto encanto, fito-te , estudo a linguagem ,

Sem medo que me iluda nessa paisagem muda...

Na órbita que levas a gente sente e chora!

_Ah! Confia-me a luz do sol que a mágoa encobre!

Confia-me as canções que escutas, de beleza mais astuta

Do que viver-te em inércia - em areias tão desertas

em lástimas profundas de feras brutas...

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 16/04/2011
Código do texto: T2912606
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