(((((::::AMOR EM BRONZE::::)))))
O amor é tão bonito ao relento inesgotável
É tão leve como um cisne em pensamento
E está sobre as águas num fluir do próprio tempo
nos sorve e embriaga sem qualquer consentimento.
Sei que não posso chamá-lo das margens
Seu corpo é solar e frontal em intensidade
Promete mais do que prazer como pátria do ser
que tatua sua imagem em livre pertencer
No bronze o sabe gravar; Da pedra mais dura...
_Oh, doce luz! Oh, lua! Como se insinua em alma que flutua.
Sorrindo entre dores ao habitat que adora
Inda antes de o ver sorrir a aurora
Coração dum sol orfão pela sua castidade,
num gozo intenso, na verdade,
ateado fogo puro dos céus em lago
somos nós submissos em reflexo vago
Sentindo fundir-se em nós seus olhos regios!..
E a sombra nos guia neste areal deserto!
Embora as nuvens trajem outra roupagem,
Quanto encanto, fito-te , estudo a linguagem ,
Sem medo que me iluda nessa paisagem muda...
Na órbita que levas a gente sente e chora!
_Ah! Confia-me a luz do sol que a mágoa encobre!
Confia-me as canções que escutas, de beleza mais astuta
Do que viver-te em inércia - em areias tão desertas
em lástimas profundas de feras brutas...