O Trem da Vida

O trem da vida tem muitas paradas.

Numa estação, risos e festas,

amores em chamas,

mares de alegria.

Outra estação e a lágrima

rola em faces reclusas.

Amores desencontrados

e os ventos da solidão.

Mais uma estação

e um aceno de adeus.

Alguém partiu e deixou

corações abertos.

Na penúltima estação o ocaso

A planície delimita a ordem das coisas

em sons de nostalgia

de uma valsa vienense.

O trem da vida chega a última estação.

Não contemplo ninguém.

Nenhum sorriso, nenhuma lágrima,

nenhum aceno...

Na área de desembarque

contemplo Deus.

Ele está à minha espera.