OBRIGADO, DOUTOR!

OBRIGADO, DOUTOR!

Adeus! Parte de mim que se reparte

e se perde pelo aço de um serrote!

No talento de quem te conhece o corte, vai-te...

para que o meu todo não te siga!

Caminhei por tantos caminhares...

e me perdi por tantos descaminhos

que agora, estando eu sozinho, nem balbucio

a falta que me fazes!

Por sorte, existe o pensamento...

Milagre que desconhece o tempo

e que me cede as asas depenadas!

Por isso, ainda corro pelos prados

lembrança que se torna eterna

mas que não impede a dor nas lágrimas

- ao dar adeus a minha perna! -

dacosta
Enviado por dacosta em 15/04/2011
Reeditado em 15/04/2011
Código do texto: T2910490
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