OBRIGADO, DOUTOR!
OBRIGADO, DOUTOR!
Adeus! Parte de mim que se reparte
e se perde pelo aço de um serrote!
No talento de quem te conhece o corte, vai-te...
para que o meu todo não te siga!
Caminhei por tantos caminhares...
e me perdi por tantos descaminhos
que agora, estando eu sozinho, nem balbucio
a falta que me fazes!
Por sorte, existe o pensamento...
Milagre que desconhece o tempo
e que me cede as asas depenadas!
Por isso, ainda corro pelos prados
lembrança que se torna eterna
mas que não impede a dor nas lágrimas
- ao dar adeus a minha perna! -