Liberdade

Liberdade

Dá licença!

Permitam-me despir meus preconceitos

Arrancar aqui e agora todo o ranço impregnado

Que carrego comigo desde que nasci.

Dá licença!

Quero fazer faxina nos meus sentimentos

Jogar fora tudo que não presta

Expurgar os insetos que há em mim

E que consomem aos poucos minha lucidez.

Dá licença!

Deixe que eu trace o meu caminho

Do meu modo, do meu jeito.

Sem recitas prontas, sem formulas milagrosas.

Dá licença!

Quero dançar no meio da rua

Andar cantarolando e chutando pedrinhas,

Subir no alto da jabuticabeira

E feito criança, jogar as bolinhas no telhado.

Dá licença!

Quero correr na chuva

Molhar a barra da saia na enxurrada

E ver o meu barquinho de papel

Indo longe... longe.

Dá licença...

Para que eu possa ser feliz!!

Perpétua Amorim
Enviado por Perpétua Amorim em 14/11/2006
Código do texto: T290948