Liberdade
Liberdade
Dá licença!
Permitam-me despir meus preconceitos
Arrancar aqui e agora todo o ranço impregnado
Que carrego comigo desde que nasci.
Dá licença!
Quero fazer faxina nos meus sentimentos
Jogar fora tudo que não presta
Expurgar os insetos que há em mim
E que consomem aos poucos minha lucidez.
Dá licença!
Deixe que eu trace o meu caminho
Do meu modo, do meu jeito.
Sem recitas prontas, sem formulas milagrosas.
Dá licença!
Quero dançar no meio da rua
Andar cantarolando e chutando pedrinhas,
Subir no alto da jabuticabeira
E feito criança, jogar as bolinhas no telhado.
Dá licença!
Quero correr na chuva
Molhar a barra da saia na enxurrada
E ver o meu barquinho de papel
Indo longe... longe.
Dá licença...
Para que eu possa ser feliz!!