Ainda assim(Poema 11)
Clara me afigura tua sacra imagem,
Enlevada em aromas de flores exóticas, raras,
Dentro de nuances tão formosas e belas
Mas ainda assim meu espírito congela-se dentro de
mim.
Doce, macio e tenro como o fruto que
Nossos pais comeram na inocência
Graça e luz que banha toda a orla
Que cobre o Universo, mas ainda assim te me
Afiguras decadente e fria!
Sorris, chama meu nome, choras querendo a minha
Presença, dizes que teu amor é candeia que
Jamais se apaga, roças teu colo sob minha
pele
Mas ainda assim minha vontade é muralha
impenetrável!
Acordas-me com música tecida em belos
Sentimentos, emoções e banha meu rosto em
Águas salgadas que chama de lágrimas feridas cruéis e chagas
Malditas, mas ainda assim meu corpo e alma
recusam tua presença!
Comove-te até que tua alma grite:
" Já não posso mais, deixa-me sair
Deste mundo cruel e satânico" e ainda
Assim dentro de mim rio de todas essas emotividades!