PAI

Ao meu querido pai.

Meu amigo mora brando em meu peito

Apesar da intensidade de seus passos,

Da ausência pura e terna de seus abraços

E da ingenuidade infante de seus defeitos.

Sorri pra mim com um sorriso de guri arteiro,

Sincero, solene, que começa e logo se vai

E mostra o semblante rijo que logo me trai

Que me faz percebê-lo triste ou raivoso

Mas da aspereza renasce amor de novo

E eu percebo novamente meu velho amigo, pai.

ZÉ NETO
Enviado por ZÉ NETO em 14/04/2011
Código do texto: T2908079
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