PAI
Ao meu querido pai.
Meu amigo mora brando em meu peito
Apesar da intensidade de seus passos,
Da ausência pura e terna de seus abraços
E da ingenuidade infante de seus defeitos.
Sorri pra mim com um sorriso de guri arteiro,
Sincero, solene, que começa e logo se vai
E mostra o semblante rijo que logo me trai
Que me faz percebê-lo triste ou raivoso
Mas da aspereza renasce amor de novo
E eu percebo novamente meu velho amigo, pai.