Canto da Parede
Eu, aqui no canto da parede, solitário.
Alimento-me de lágrimas absintas, pensamentos irreais, incertezas de um amanhecer de olheiras, roseiras murchas em plena primavera...
Falas e gestos, olhares e risos indecifráveis...
Alguém bate a porta e o cheiro do sofrimento se espalha no ar...
As lágrimas embebem o pão da angústia, amor sofrido,delírio de alguém que nunca poderá se concretizar.
Aflora lá fora uma nova fragrância, alguém que inesperadamente aparece, um terceiro elemento, um alento, um refrigério, algo sincero...
Sinto muito mas tenho que prosseguir, todo novo, novos sabores, nuances e cores...
Eu aceito digo para mim mesmo,eu aposto e avanço...