o eterno desejo de ficar...

E tudo vai indo bem devagarinho

Não adianta eu reclamar

Olha que já fiz isso,

Me revoltei contra o tempo

Hoje olho as coisas indo

Tudo partindo ou sumindo

Esmaecendo, flutuando.

um sonho talvez de tão dificil de tocar.

Foi assim com gabriela

Foi assim com alguns amigos

É assim até com meu dinheiro

Não ria, a eternidade também gosta de dinhero.

E parado. Perplexo eu vejo

Não só olho, mas vejo

Vejo por dentro naquele olhar que doi

Que sente e não se pode fazer nada

Tudo é vasto e pequeno

Tudo é vão ingrato

Pra quê amar

Se apegar

Pra quê rir se a eternidade está sempre a nos roubar..

Tudo vai

Tudo cai

Tudo se perde

E fica em mim um sorriso sem graça e amarelado

De quem não quer perder a compostura

Perder a fala ou razão

Fingindo mesmo que ainda estou por cima...

Não estou

Me sinto cada vez menos

Cada vez que dou conta disso morre cidades inteiras

O terra gira

O sol gira

Dizem até que as estrelas giram

Eu vi nos livros

E eu, eu não posso fazer nada

Tomo absinto e faço versos

Amo e faço versos

Ando na rua e a mesma coisa acontece

É tão barato fazer verso

E tão dificil entedê-los.

Não gosto muito de quedas abruptas e definivas

Então me deixo descer até que algum entendimento me aparece.

e poesia é tão comedida nas suas revelações

Mas de qualquer forma é lindo ver o quintal

Cheio de flores secas

É gostoso de varrer

É gostoso de deitar

E no mais, tudo isso, sei lá se é verdade

Vai ser algo mais importante amanha....