Ao guerreiro da rosa branca
Busca-me, amor,
busca-me no traço,
que de ti fujo... não sei pra onde.
Segura-me pelos pulsos,
que me pulsa o peito,
vã doença que não me consome.
Das cascatas lava-me em águas,
brandas paradas no teu silêncio.
Menina de branco,
vestido branco que me flutua no vento,
pelos corredores risonha,
escondo-me,
assim sou eu escondendo-me de ti,
fugindo do meu futuro.
Melhor fosse criança,
fugindo em asas;
asas sinceras, segura-me no voo
ou acompanha-me.
Doce busca de que não me canso;
quero voo, mas não me encontro.
Busca-me e luta,
guerreiro de luz.
Com arco e flecha defende sua rosa,
flor branca da espada de sangue.
Sou eu que me consumo;
guerreiro, não me deixe.
Busca-me ou busca-me a morte,
que a sorte derrama no vento.