Fogo e Água(Poema 10)
Crateras em montanhas que despejam lavas
Incandescentes negras-rubras pelo chão.
Fogo que jorra de imensas e profundas
Regiões do subsolo, fogo que alastra pânico,
Temor e mortandades de pessoas tão inocentes...
Fogo de Pompéia misturado a benção de Prometeu,
Carnes que se queimam e se desfazem pelo cruel toque
Inflamado de labaredas, o gritos que ecoam
Por toda parte e o cheiro nauseabundo de carne humana
queimada.
Água que corre celeremente pelas pedras e escolhos
Tão lívida, límpida, clara... água de imensas
quantidades indivisas e que mergulham no
Mistério dos lugares, florestas, selvas, subterrâneos...
Ah águas que alimentam tantos sonhos!
Água de azuis puros, sacralizados, tão belos...
Cachoeiras que descem torrencialmente, agressivamente.
Fogo e água unidos na simbiose descomunal
De destruição e tranquilidade, unidos num
Mesmo e determinado espírito da Natureza
De progresso e regresso ao mundo e ao homem.
Dois alimentos que imbioticamente são eternos e
presentes!