BLUES (NOITE)

Morre a tarde - e

nasce - uma noite calma.

Luzes piscam - tudo parece igual

O sonho sai do seu esconderijo -

Salta do coração, querendo ser real.

Desejos adormecidos ganham vida,

Alheios ao que deve ser normal.

Com avidez arrepiando o corpo,

A pele sente, a alma clama, resiste.

Eriça o pelo na ebulição corporal.

Já não mais serena e calma – a noite.

Morre o sonho, jaz no cansaço

Da longa noite que nasce - triste.

04/03/2011 - 13/04/11