BALAS DE HORTELÃ

Nos invernos rigorosos vindouros
Eu revi os desafetos que tive e ao qual me detive
Pensei nos afetos possíveis e inadmissíveis
E até nos que mantive por fetiche
Refleti nos meus rostos já passados
Nos meus pesares assassinados
E nos dissabores mumificados
Na linha do tempo da existência tão tardia
Nas rugas e rusgas que ainda viriam
No pinga-pinga dos últimos dias
Em tudo que tinha e não sabia
E no que sabia que jamais teria
Eu pensei no respirar e no inspirar
Eu pensei no ir e vir do mar
Eu pensei da falta do que vai de fato faltar
Eu pensei nas ilusões e desilusões que me seguiam
Nesse átimo mágico e trágico do todo dia
Eu quis voltar ao passado para que nada desse errado
Foi ai que num repente eu chorei...
Ao pensar nas “balas de hortelã” que nunca roubei.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 12/04/2011
Reeditado em 27/03/2012
Código do texto: T2904690
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.