Tristeza

Silêncio dolorido

O que esse silêncio precede?

Os deuses continuam indiferentes

À dor ao gemido à existência

Cada vez mais deuses

Sinto a indiferença da brisa

Sinto o descaso do destino

Sinto a ausência de sentido

O que faz o meu sofrimento

Cada dia mais humano.

Na noite sem estrelas cochicham as divindades

E o assunto não somos nós.

Aperto a mão do amigo mais próximo.

Cuido de manter a lareira acesa

Abraço quem amo e

Zombo de minha humana insignificância