Muralhas de meu ser(Poema 8)

Vasculho as muralhas que se erguem

Diante de mim, são tão altas, fortificadas

E escarpadas, um passo nem sonho

Em dar, a muralha cansa minha vista,

Olho-a apenas por mero desespero de transpô-la.

Que farei para que a atravesse ileso?

Um pulo nem mesmo pode ser realizado.

As muralhas de minha alma

Crescem dentro de complexos estranhos e banais.

São mundos de distancia e visões nubladas.

Demolí-las é reduzir meu ser a tudo, nada, coisa alguma...

Nada tolo, não há encruzilhadas que possam

Detê-las, as muralhas de meu ser são fixismos

Concentrados em energias plurais de irrealizações míticas.

Plenilúnios de séculos de imobilidade, as muralhas

Corroem-se em imutáveis mudismos e pensamentos abstrusos.

A muralha de meu ser é apenas uma

Vaga e imprecisa forma de um horizonte divino.

LuHessBuss Moonshadow
Enviado por LuHessBuss Moonshadow em 12/04/2011
Reeditado em 19/04/2023
Código do texto: T2904399
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.